Para quem acompanhou o jogo entre Paranoá e Legião, na manhã deste sábado (15), no estádio JK, e viu a partida ser interrompida aos 25 minutos do primeiro tempo por falta de ambulância no local, isso foi pouco em relação ao que aconteceu no jogo da tarde, no estádio Rorizão, entre Bolamense e Cruzeiro. Por falta da ambulância, o confronto nem começou.
A partida estava prevista para iniciar as 15h30. Os times se aprontaram e entraram em campo normalmente, bem como a arbitragem. O policiamento, que tem sido outro problema causador de atrasos em jogos da Segundona, desta vez foi pontual, mas faltou a "vedete" da rodada, a ambulância.
O árbitro José Neto aguardou exatamente uma hora pela chegada da viatura com os médicos, porém, em vão. Sem alternativa, a arbitragem confirmou o cancelamento da partida, que deverá acontecer em outra data. Em entrevista aoEsporte Candango, os dirigentes das duas equipes deram suas versões e tentaram explicar mais um capítulo negativo registrado nessa segundona de 2011.
“Acontece que ontem (sexta), por volta de 19h30, eu fui informado que foi solicitada uma UTI Vida, mas me disseram que não tinha disponível. Eu fui acompanhado de uma testemunha, que é sargento do Corpo de Bombeiros, e essa pessoa me informou que a Federação não pediu nenhuma ambulância para esse jogo”, argumentou Antônio Teixeira, presidente do Bolamense (time mandante). O cartola continuou afirmando que a culpa do acontecido é da Federação Brasiliense de Futebol. “A culpa é da federação, com certeza. Não é a primeira vez, aliás, todos os jogos do campeonato começam tarde e, agora, começam a não acontecer. Essa é a federação que nós temos”, disparou o cartola.
“Esse campeonato da Segunda Divisão está uma várzea. Todo mundo sabe quem tem que pagar a ambulância. O Cruzeiro caiu no erro de esperar a federação e a sorte nossa é que no último jogo os bombeiros ficaram 85% do jogo lá. Agora a gente passou a pagar pelo serviço. O pastor (Antônio Teixeira) já sabia disso e fez de propósito”, disse Nyto, presidente do Cruzeiro, dando a entender que a diretoria do Bolamense já sabia que a ambulância não iria aparecer.
Na contramão do que disse Antônio Teixeira, que afirmou que a ambulância é por conta da federação (“é a federação que faz sempre e habitualmente esse pedido”), Nyto contradiz. “No arbitral ficou decidido que os clubes pagariam a ambulância e a PM seria por conta da federação. Em todos os jogos a polícia tem comparecido. Agora, a ambulância é de responsabilidade dos clubes, inclusive, hoje no Paranoá, o jogo foi cancelado por causa disso”, esclareceu.
Sobre o que vai acontecer, já que a partida não aconteceu, Nyto esclarece. “Agora o Tribunal se reúne e decide. A gente investe tempo, trabalho e dinheiro para cinco pessoas decidirem o futuro de um clube. Paciência! Isso é Brasil, isso é Brasília”, reclamou o dirigente.
“Vai ter que ser marcado outro jogo. Aliás, isso causa dano tanto para o time visitante como para o mandante. O time fica desmotivado e desmoralizado. É por aí”, declarou o presidente do Bolamense, Antônio Teixeira, que finalizou a entrevista dando uma nota para a competição. “Zero vírgula zero, infinito”.
Um dos jogadores que mais conhecem o futebol de Brasília, o meia Rochinha, do Bolamense, lamenta o que vem acontecendo com o futebol local. “A situação é chata. Na maioria dos jogos da Segundona está acontecendo isso. Eu não sei de onde está vindo o erro e quem sou eu para acusar? Falaram muito mal do Paulinho Araújo (presidente afastado da FBF), mas eu o preferiria lá, porque é um cara batalhador e honesto. Infelizmente na capital do Brasil está acontecendo uma palhaçada dessas”, reclamou o jogador.
Pela décima primeira rodada, o Bolamense volta a campo no próximo sábado (22), às 10h, contra o Legião, no estádio do Cave, no Guará II. O Cruzeiro estará de folga e retorna às disputas somente dia 25 de outubro, terça-feira, às 15h30, diante do Legião, pela 12ª rodada.
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