O Brasília Futebol Clube não pertence mais a Roberto Marques e José Roberto Buani. O time foi vendido para um grupo de advogados do DF que prometem um grande investimento para fazer com que o time volte aos seus dias de conquistas. Oito vezes campeão candango, o Colorado já foi uma das grandes forças do futebol local. Foi fundado como Brasília Esporte Clube, em 1975. Depois se tornou Brasília Futebol Clube.
"A mudança de CNPJ foi uma barbeiragem de um advogado que contratamos para mudar apenas o nome. E ele acabou por criar uma outra empresa sem necessidade. O negócio da venda já foi fechado. Eu sinceramente não queria vender o clube, mas a proposta foi boa e os compradores nos deram a garantia de que o time receberá investimento para voltar a ser grande. Então, só me resta torcer para que o nome do Brasília volte ao topo", explicou o agora ex-presidente do time, Roberto Marques, à reportagem do Esporte Candango.
Os novos compradores ainda estão arrumando a casa do seu jeito e prometem mostrar o novo time em breve. "Por enquanto não posso dar mais detalhes sobre quem comprou. Ainda precisamos formalizar algumas coisas como, por exemplo, oficializar o negócio junto à Federação. Mas quando estiver tudo pronto, os novos donos deverão promover um evento de apresentação oficial", comentou Roberto Marques, que agora pretende se dedicar à Liga de Futebol Profissional do DF, entidade que criou juntamente com o advogado Antônio Teixeira, presidente do Bolamense.
O caso Michel
Rebaixado para a Segunda Divisão Candangão de 2012 no mês de março, o do Brasília até hoje aguarda manifestação do TJD-DF sobre a denúncia de uma possível irregularidade na escalação do atacante Michel, do Atlético Ceilandense, que teria sido utilizado em algumas partidas do Candangão desse ano sem que seu nome constasse no BID (Boletim Informativo Diário) da CFB. A inscrição do jogador só foi confirmada no dia 25 de janeiro, após a realização da terceira rodada.
De acordo com levantamento feito pelo portal Esporte Candango, Michel estreou na equipe rubronegra somente no dia 23 de janeiro, na derrota para o Ceilândia por 1x0, no clássico do estádio Abadião, pela terceira rodada do campeonato. Porém, o jogador foi relacionado nas outras duas partidas anteriores, contra Gama e CFZ, conforme consta na súmula de cada partida, que é o documento oficial do jogo. O fato de o atleta ter sido apenas relacionado, mesmo sem ter entrado em campo, já é razão para punição. Cabe, agora, à justiça desportiva julgar o mérito da denúncia.
De acordo com o artigo 214 do CBJD, o clube que escalar atleta de forma irregular é penalizado com perda do número máximo de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente, e multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais).
O Atlético Ceilandense somou pontos em dois dos três jogos em questão. Venceu o CFZ por 1x0, e empatou com o Gama em 1x1. Neste caso, poderia perder até nove pontos, o que resultaria no rebaixamento da equipe da cidade de Ceilândia e a permanência do Brasília da Primeira Divisão.
Seis meses depois, o julgamento ainda não aconteceu, mas Roberto Marques promete que vai continuar brigando. "É inadimissível algo como isso. Nosso advogado continua trabalhando para colocar o caso na pauta de julgamentos do TJD-DF. Se não conseguirmos nos próximos dias vamos recorrer ao STJD para termos nosso direito preservado", concluiu.
Por Eduardo Castro e Jânio Gomes
Esporte Candango
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