Nesta terça-feira (12), o técnico do Brasiliense, Marcos Soares, comandou um treino técnico no campo auxiliar da Boca do Jacaré. O volante Ferrugem foi poupado da atividade e apenas correu ao redor do campo, mas não deve ser problema para o jogo de sábado, contra o Madureira, pela abertura da Série C do Campeonato Brasileiro. Já o atacante Djavan sofreu uma pancada em uma disputa de bola e abandonou o treino mais cedo para ser avaliado.
Contudo, a grande expectativa de jogadores e comissão técnica do Brasiliense é caso que envolve os jogadores Alan, Éderson, Elivelto e Bachin, em litígio com o Gama. O julgamento está marcado para a tarde dessa quarta-feira, na 6ª Vara Trabalhista do Gama. Na semana passada, as partes envolvidas compareceram ao Tribunal, mas o juiz adiou a decisão para esta quarta. O quarteto se transferiu para o Jacaré mesmo tendo contrato em vigência com o arquirrival, alegando atrasos de salários.
O atacante Bachin revelou que está apreensivo para saber o resultado. “Os advogados falam para ficarmos tranqüilos, mas é meio impossível. Estamos numa apreensão muito grande, a gente conversa bastante entre nós, e agora é aguardar para que a decisão seja favorável e que possamos trabalhar”, disse.
Caso o juiz opte pelo retorno dos atletas ao Gama, Bachin prefere nem pensar nesta possibilidade. “Essa possibilidade nem existe na minha cabeça. Mas se isso acontecer vamos pra casa botar a cabeça no lugar, porque ficou uma situação insustentável com a diretoria de lá. Minha cabeça está aqui no Brasiliense e se Deus quiser vai dar tudo certo e vamos poder trabalhar aqui no Brasiliense”.
O lateral direito Alan demonstra impaciência e aposta num final feliz. “A gente vem aguardando isso há meses. Espero que dê tudo certo e que a gente possa estar trabalhando. Estamos às vésperas de estrear numa competição. Eu creio que vai dar tudo certo, que o Gama siga a vida dele lá, que vamos dar seqüência ao nosso trabalho aqui”.
Quem não tem nada a ver com os problemas extracampo e que retorna aos trabalhos após se recuperar de lesão é o meia Ruy, que conversou com a nossa reportagem e falou do ambiente no Brasiliense e da expectativa para a estreia na Série C.
“O ambiente está sendo o melhor possível depois de sete semanas trabalhando forte. Todo mundo está motivado, o trabalho está sendo bem feito e a expectativa é muito grande. Depois que a gente fica muito tempo sem poder atuar em um jogo oficial volta aquele frio na barriga e a gente espera, dentro da nossa casa, refazer o nosso dever”, disse Ruy.
Acostumado a disputar as Séries A e B do Brasileirão, Ruy Cabeção está prestes a encarar a terceirona nacional. O jogador comenta sobre como vai ser o pontapé inicial contra o Madureira. “O Madureira é da escola carioca, com um bom toque de bola. Com certeza vai ser uma equipe que vem para jogar fechado, gastar a bola, não vai se expor muito, porque eles sabem da nossa força dentro de casa”, finalizou.
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| Foto: Jânio Gomes (Lucas Silva, ex-Gama) |
Mais um jogador troca o verde pelo amarelo
Um dia antes de a Justiça Trabalhista decidir o imbróglio que envolve os jogadores Alan, Éderson, Elivelto e Bachin, que vieram do Gama e estão treinando no Brasiliense, mais um atleta da base gamense trilhou o mesmo caminho e se apresentou Brasiliense, nesta terça-feira.
Trata-se do atacante Lucas Silva (foto), 17 anos, formado nas categorias de base do alviverde. O jogador chega ao Brasiliense alegando atraso de quatro meses de salários e já acionou a Justiça Trabalhista para rescindir o contrato com o ex-clube. O vínculo contratual com o Gama é até 2014.
“O motivo da minha saída foi exatamente o mesmo dos outros companheiros. São quatro meses sem receber, já entrei com a documentação e vamos esperar a justiça decidir para eu poder dar continuidade ao trabalho e dar alegria a torcida do Brasiliense”, disse Lucas Silva.
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