À base de muita conversa e
cautela. É assim que os dirigentes do futebol candango vão tentando achar uma
solução para resolver as preliminares que resultaram no adiamento do início do Candangão,
que passou do dia 21 de janeiro para o dia 12 de fevereiro. Devido à batalha
judicial entre quatro equipes (Capital, Legião, Brasília e Atlético
Ceilandense), que lutam no tapetão por duas vagas na elite candanga, os clubes
aprovaram em assembleia o inchaço da competição de dez para doze clubes,
incluindo as quatro equipes citadas acima no campeonato deste ano.
Esta foi à maneira encontrada
pelos cartolas para impedir um prejuízo ainda maior com relação ao início da
competição, uma vez que os clubes do tapetão poderiam (e podem) usar todos os
recursos previstos em Lei e isso atrasaria ainda mais a realização do torneio
local.
A pendência agora fica por conta
das taxas de arbitragem e ambulância. A Federação Brasiliense de Futebol
continua sob intervenção judicial e suas contas estão bloqueadas pela justiça.
Desta forma, a entidade alega, através do interventor Miguel Júnior, que não
tem como pagar essas despesas. Por outro lado, os clubes afirmam que essa
questão é de responsabilidade da FBF. Uma alternativa que poderá solucionar
esse impasse é uma proposta de fomento encaminhada ao GDF, que poderá liberar
recursos para os clubes e uma fatia do valor seria utilizada para pagar os
serviços de arbitragem e médico.
Outro item que ainda está dando o
que falar é com relação a uma verba (cerca de R$ 2,6 milhões) oriunda de
recursos públicos repassada, supostamente, de forma irregular a Brasiliense,
Gama e CFZ, através de convênios firmados entre o GDF e a FBF, entre 2003 e 2004.
Desse montante, a própria federação teria ficado com R$ 300 mil. Já R$ 1,5
milhão teria ido para os cofres do Brasiliense. O Gama teria recebido a quantia
de R$ 190 mil e o CFZ R$ 90 mil.
Supostas irregularidades nestes
repasses foram identificadas e os clubes e a federação tiveram suas contas
bloqueadas pela justiça. Gama e CFZ afirmaram que já pagaram parte desse valor
e cada um deles ainda estaria devendo cerca de R$ 22 mil. Já o Brasiliense, por
sua vez, não se pronunciou sobre o assunto e tampouco mandou representante às assembléias
realizadas até o momento. Esse imbróglio todo estaria impedindo novos repasses
aos clubes por parte do GDF.
Fórmula de disputa pré-aprovada pelos
clubes
No primeiro turno, os 12 clubes
serão divididos em duas chaves de seis cada, que jogarão chave contra chave,
apenas em duelos de ida. Ao final, os dois melhores colocados de cada grupo se
enfrentam nas semifinais (1º da chave A x 2º da chave B, e 2º da chave A x 1º
da chave B), também em confronto único. Os dois vencedores decidem a final do
turno em uma partida.
No segundo turno, os clubes se
enfrentam dentro da própria chave. Na sequência, os dois melhores de cada grupo
repetem a fórmula do primeiro turno, com semifinais e final. Caso o campeão da
segunda fase seja diferente do da primeira, os dois decidem o título em
confronto duplo. Por outro lado, se o vencedor dos dois turnos for o mesmo,
neste caso, não haverá a necessidade da realização das duas partidas finais.
Os
critérios de rebaixamento, datas, horários, tabela de jogos e regulamento da
competição ainda estão sendo discutidos pelos clubes e serão divulgados
posteriormente. Uma nova assembleia está prevista para acontecer no próximo dia
9 de janeiro.
Caso
essa nova data aprovada seja definitivamente confirmada, o Candangão 2012 terá
sua rodada inaugural no dia 12 de fevereiro, e o encerramento no dia 20 de
maio. Em sendo aprovada a participação de 12 agremiações, o torneio será
disputado por Atlético Ceilandense, Botafogo-DF, Brasília, Brasiliense,
Brazlândia, Capital, Ceilândia, Formosa, Gama, Legião, Luziânia e Sobradinho.
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